quarta-feira, 21 de outubro de 2009


Acompanhar Jorginho é, para muitos, como a obrigação da missa de domingo. A sagrada benção do final de semana tem data e hora marcadas. A Domingueira, nome dados às apresentações musicais do Botequim, tradicional recanto de entretenimento de São Pedro, lota, à partir das 16h, com as apresentações do cantor de repertório bem selecionado e afinação musical.

Em Lumiar, às segundas feiras, o músico se apresenta no Bar do Vovô. Na chamada Segunda Sem Lei, Jorginho, anima a noite daqueles que estão chegando do trabalho e dos comerciantes locais sem folga nos finais de semana. Leia a entrevista concedida pelo cantor:

O sambista Jorginho ouviu falar de Lumiar através das letras de cantor mineiro Beto Guedes. No ano de 2001, curioso, resolveu conhecer o lugar, à convite de um amigo, e se encantou. Juntos alugaram duas casas. Uma ao lado da outra. Desde então, até 2005, passaram a freqüentar a região todos os finais de semana. “Foi nesse período que conheci São Pedro da Serra e fiz ótimas amizades”, declara.



Dono de uma empresa de informática, no Rio de Janeiro, deixou tudo para traz e transferiu-se, de vez, para Lumiar. “O ramo estava contaminado pelo contrabando e produtos falsificados, por isso sofria com a concorrência desleal”, revela o cantor comerciante. “Antes que entortasse o lado esquerdo, e tivesse que usar fraldão, babador e cadeira de rodas, conversei com a minha mulher e viemos, de vez, com o Gandhi, meu cachorro, e minha sogra”, completa.


No dia 10 de dezembro de 2005, Jorginho e sua família, incluindo o Gandhi, acordavam como moradores de Lumiar. Logo na primeira semana, devido ao clima, curou-se de uma insônia crônica que o afetava desde a adolescência. A partir de então, para dormir bastava não estar de pé. “A vida melhorou”. “O clima, as pessoas, o ar puro e a natureza. Tudo, em volta da gente, conspirava a favor”, elogia.


A primeira apresentação, Jorginho, lembra com orgulho: “Foi no restaurante Flor de Lótus”. Sandro, o dono, me chamou e disse: Jorginho traz o seu violão e faz um som aqui. “Eu te pago trinta pratas e depois, dependendo do movimento, melhoro esta grana”, lembra.


Para o carismático cantor, que atualmente tem seu público fiel, o que mais lhe agrada na região, além da natureza e o clima ameno (O músico não suporta calor), é a educação das pessoas da terra. “Não posso esquecer da gastronomia e, também, das amizades que fiz”, enfatiza.


Atualmente o cantor faz, em média, três apresentações por semana, sem contar a Segunda Sem Lei no Bar do Vovô.


Natural de Niterói, o botafoguense Jorginho é casado há 15 anos com Selma. Tem dois filhos, o André Luis, de trinta anos, do primeiro casamento, e Carolina, 26, do segundo



Leia, em breve, no FUSCAMANIA, a história do fusca CHICO do cantor Jorginho

Um comentário:

Cristiane Marques disse...

A matéria do Jorginho ficou excelente. Adorei!